Geração de Davi? Geração de adoradores? Que nada! Estamos na geração
Fast Food Gospel…. Pedro, não querem mais o puro leite! Paulo, não
querem mais o alimento sólido! Querem só um McLanche Feliz e um
brinquedo!
O que quero dizer é que a geração de Davi existe. A geração de
adoradores existe. Entretanto, como bem disse o nosso Mestre, pelos
frutos se conhece a árvore. E os frutos que vemos na Igreja nos dias de
hoje não são os encontrados em Davi, ou nos adoradores que Jesus disse à
samaritana que Deus buscava. Confundimos “resultados” com “frutos”,
damos glória a Deus porque o IBGE aponta para o crescimento da “igreja
evangélica”, e confundimos inchaço com crescimento. Esquecemos que esta
multidão nem sempre é aceita por Cristo. Foi Ele mesmo quem proferiu um
discurso tão duro que a multidão foi embora. Ficou só a minoria. Só
doze, e um deles era diabo!!
Temos uma geração que quer pôr Deus no canto da parede, vociferando
arrogantemente: “- Restitui, eu quero de volta o que é meu!”, como se
tivesse direito a alguma coisa, senão condenação. Deus não é Senhor
nesta geração, e sim servo. É a geração que não se contenta com a pura
graça de Deus. Quer mais, e mais, e mais! Quer reinar!! Quer ser cabeça a
todo custo!
Temos uma geração que afirma categoricamente que “o melhor de Deus
ainda está por vir”, esquecendo-se (ou desprezando o fato) de que Jesus
Cristo, o Filho, o melhor que havia no céu ao lado do Pai, já veio.
Queremos mais, pois Jesus não é suficiente!
Temos uma geração que fomenta no povo um terrível sentimento íntimo,
que prefere estar no alto do palco, olhando arrogantemente para os seus
inimigos boquiabertos na platéia e sentindo o sabor de mel da vingança
na boca, do que observando o que Jesus disse a respeito dos nossos
inimigos: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o
teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos,
bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos
que vos maltratam e vos perseguem; Para que sejais filhos do
vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre
maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes
os que vos amam, que galardão havereis? não fazem os publicanos também o
mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis demais?
não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é
perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:43-48). Geração
esquizofrênica, que se sente rodeada de inimigos, incapaz de orar por
eles. Geração rancorosa, que não perdoa, que quer se sobressair e até
ser adorada pelos supostos inimigos.
Temos uma geração aonde o caráter cristão é espezinhado, e se vive um
“evangelho” de aparências, e não de conduta e princípios. A geração que
ora pedindo um milagre: que apareça misteriosamente em sua conta
bancária alguns milhares de reais, e que agradece a Deus quando isso
acontece. Geração que não compreende o Deus justo, mas se alegra com a
injustiça, achando que Deus foi o Autor deste “depósito” milagroso e
salvador…
Temos uma geração que está sendo guiada por “pastores” e outros
“títulos eclesiásticos”, por homens e mulheres que preferem os títulos e
as prebendas, que para satisfazerem-se primeiramente a si mesmos já
rebaixaram a Bíblia e seus preceitos imutáveis à quarta ou quinta
posição em suas vidas e em suas doutrinas e profissões de fé. Pastores
que não se dão conta que prestarão contas um dia ao Sumo Pastor…
Geração de Davi uma ova!! Esta é, na verdade, a Geração Laodicéia, a
geração da igreja rica, poderosa e diferenciada, mas cega, pobre,
miserável e nua! É a Igreja que ocupa a grade da programação das
principais emissoras de tevê, mas não usa esta programação para pregar o
VERDADEIRO EVANGELHO. É a Igreja que avança triunfante no mercado
fonográfico, mas que não canta para o louvor de Deus, e sim para
enriquecer, usando MÚSICAS DE TRABALHO, e não músicas de evangelismo! É a
Igreja que abraça o Ecumenismo… É a Igreja que é noiva do Cordeiro, mas amante do mundo. Quem quiser ter a DIMENSÃO EXATA desta frase, leia o capítulo 16 do livro do profeta Ezequiel. Não há melhor exemplo que este!
Sabem qual seria a geração de Davi? E qual é a geração de adoradores
que Deus espera? Uma geração que O adore pelo que Ele é, e não pelo que
ele pode nos proporcionar. A geração que abraça a cruz para a morte, e
não a que senta no trono para reinar! A geração de uma igreja pobre
financeiramente, mas riquíssima em poder, em comunhão, em observação das
Escrituras e em defesa da sã doutrina, contrária aos lobos vorazes que
estão invadindo o aprisco e degolando o rebanho! Uma geração que olharia
mais para Jesus, e menos para os homens, que aceitaria mais as palavras
da Escritura do que as supostas “revelações” humanas, sem base bíblica.
Que teria mais prazer nas Escrituras do que nas novidades!
Sinto-me enojado com a geração de hoje. Geração morna, que provoca
ânsia de vômito no Senhor Jesus e em todo aquele que ama a Verdade do
Evangelho puro e simples, que Ele e seus apóstolos pregaram e
revolucionaram o mundo no 1º Século! É claro que não estou
generalizando! Sete mil joelhos são sempre estrategicamente deixados por
Deus para não se dobrarem a Baal, a Laodiceia e a Mamom! E estou
lutando para fazer parte desta MINORIA, pois já observei que a maioria
sempre prefere voltar ao Egito, e sempre escolhe Barrabás.
Se Jesus chamava a geração em que viveu de “geração má e perversa”, de que estará chamando esta nossa??
Perdoem-me o desabafo. Mas se eu, pó e cinza, estou me sentindo
assim, o que não sente o Senhor que deu Sua vida por esta Igreja?
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